Brises para controle de Insolação

Também conhecido como quebra-luz, o termo brise veio do francês brise-soleil, que em tradução livre é “quebra-sol”. O brise é fabricado em placas verticais ou horizontais – fixas ou móveis –, a fim de reduzir e controlar a penetração direta de raios solares na edificação (evitando assim o calor excessivo). Esse dispositivo pode ser fixo, usado amplamente em edifícios desde a década de 1920 ou mesmo eletrônico, favorece a distribuição da luz natural no ambiente e diminui a carga térmica (temperatura).

Os brises são bastante utilizados em construções que necessitam tanto da iluminação natural quanto do bloqueio do ofuscamento (ação ou resultado da obstrução da visão – nesse caso, pela incidência solar) causado pelos raios solares, como colégios, universidades, shopping centers, hospitais, centros comerciais e muitos outros.

Brise no ministério da educação no Rio de Janeiro, o primeiro exemplo a usar brises verticais e horizontais na arquitetura.

Brise no ministério da educação no Rio de Janeiro, o primeiro exemplo a usar brises verticais e horizontais na arquitetura.

Tipos de Brises

Os brises móveis são considerados os mais eficientes/eficazes, uma vez que possuem mobilidade nas aletas. O uso desse tipo de brise é especialmente recomendado em prédios com fachada de vidro, onde a insolação direta ocorre praticamente durante todo o sia, sendo necessário o ajuste periódico da proteção, a fim de proteger os ambientes da incidência direta do sol.

Diferenças no funcionamento do brise horizontal e do brise vertical

Diferenças no funcionamento do brise horizontal e do brise vertical

Os brises fixos devem ser projetados e posicionados de acordo com a exposição solar, por exemplo: a fachada da construção que está para o norte sempre receberá sol durante todo o dia, por isso, deve-se usar os brises horizontais; para a fachada leste que recebe o sol da manhã (nascer do sol) e para a fachada oeste que recebe o sol da tarde (pôr do sol), recomenda-se usar os brises verticais. Como em fachadas para o sul tem incidência menor de sol, não há necessidade de brises. As aletas mencionadas podem ser fabricadas em madeira, plástico, concreto, alumínio ferro etc. Em suma, estude as orientações das janelas de sua edificação e escolha o brise mais adequado, e lembre-se, principalmente, da aparência, eficiência, custo e durabilidade. O posicionamento das laminas e seu espaçamento é definido pelo ângulo de incidência dos raios solares e pela quantidade de luz que se deseja barrar.

Brise horizontal

Brise arquitetônico tipo horizontal parta sombreamento de esquadrias no segundo pavimento.

 

Brise vertical em concreto.

Brise vertical em concreto.

Embora brises internos sejam mais fáceis de limpar e a conservação dure mais tempo, os externos – colocados por fora das janelas – são mais eficientes, uma vez que barra a luz do sol antes mesmo do calor penetrar na edificação.

Outros exemplos de Brises

Em alternativa aos brises na forma como a conhecemos existem outros exemplos de quebra-sol que também são por definição brises solares, mas com a qual estamos mais habituados:

  • Os cobogós, que são blocos vazados decorativos de cerâmica, gesso, cimento, entre outros, utilizados em paredes/fachadas, de grande durabilidade e baixo custo, que ainda permitem a ventilação e a entrada de luz natural;
    Brises do tipo cobogó,

    Brises do tipo cobogó, amplamente utilizados pela chamada Escola Carioca de Arquitetura

  • Os muxarabis, que além da ventilação e da iluminação natural, ainda mantém a privacidade dos espaços internos e permite que se veja de fora para dentro, mas não de dentro para fora;
    Exemplo de uso contemporâneo de muxarabis

    Exemplo de uso contemporâneo de muxarabis

  • As Bandejas de luz, elementos horizontais que ficam pouco acima da meia altura de uma esquadria, que permitem o barramento de parte da iluminação, além de retransmitir a luz para o interior da peça de forma difusa.
    Bandejas de luz entre as esquadrias

    Bandejas de luz entre as esquadrias

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