É praticamente impossível imaginar uma construção atual feita sem cimento. Tirando alguns poucos exemplos de projetos que utilizem materiais alternativos, e também as casas de madeira, quase todas as construções são feitas com cimento, base e parte primordial do bom e velho concreto e uma das principais facilidades mundiais no ramo da construção.
História do Cimento
A palavra “cimento” é derivada do latim caementum, palavra que designada pequenas pedrinhas brutas de formas diversas (às vezes rochas vulcânicas) que eram postas lado a lado nas construções para formar paredes rígidas, misturando-as em água até endurecerem. O cimento tem uma história tão antiga quanto a história da humanidade, e é difícil pensar nas construções seculares sem citar o cimento. As grandes construções romanas foram feitas a partir de cimentos, assim como as gregas. Porém, têm-se notícia de que o cimento já era também utilizado pelos egípcios há muito tempo, de maneira que pudessem construir seus palácios e tumbas grandiosas de maneira que resistissem intensamente à ação do tempo.
Hoje em dia, as pedrinhas brutas são na verdade, uma mistura “artificial”, idealizada pela primeira vez pelo inglês John Smeaton. Tempos mais tarde, outro inglês aproveitaria a ideia e desenvolveria o que mais tarde conheceríamos como cimento de fato, feito a base de pedras calcarias e argila: o pó que, ao entrar em contato com a água, produz uma reação de hidratação exotérmica e se cristaliza, ganhando rigidez e resistência.
Nasceu assim o Portland. As adições do cimento o tornam impermeável após a secagem total e extremamente resistente.
O cimento, quando em contato com os “agregados” graúdos (pedra ou brita) e miúdos (areia) e também com a água forma o concreto. O concreto é principalmente usado em vigas, colunas, contrapisos, coberturas, pilares e lajes sendo que seu preparo varia de acordo com o lugar onde será aplicado.
Hoje em dia, existem várias marcas de cimento espalhadas em lojas do ramo e é importante pesquisar bastante, pois algumas marcas são superiores a outras e você deve investir na mais confiável. É necessário também conferir o tipo que você está comprando, afinal você pode estar adquirindo um tipo de material que não gerará o concreto armado que você deseja. O preço também é um fator a ser consultado.
Tipos de Cimentos
Outra coisa a ser lembrada é que o cimento possui tipos e cada um é mais apropriado para determinado projeto, mas todos seguem as normas da ABNT. Entre os tipos podemos citar:
- Portland Comum (CP I), podendo ser também o CPI S.
- Portland Composto (CP II), podendo ser CPII-E, F, ou Z.
- Portland de Alto-Forno (CP III)
- Portland Pozolânico (CP IV)
- Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)
O cimento comum CP I é o primeiro Portland a ser trazido para o Brasil, não tem adição de gesso e é recomendado para uso em geral em diversas construções quando não há exposição a sulfatos no solo e águas subterrâneas. Já o CP I S tem adição de 5% de material pozolânico em massa. Também adequado para construção em geral.
O cimento composto CP II E é composto com escória granulada, o F com fíler e o Z possui pozolana. Esses agregados conferem maior resistência ao concreto usinado com este material, usado em locais que necessitam de resistências extremas, como pisos de estacionamentos ou superfícies muito requisitadas. Já o Portland IV é recomendado em grandes trabalhos de concretagem e sob temperaturas elevadas.
O tipo CP III apresenta maior durabilidade e altíssima impermeabilização e o CP V – ARI apresenta alta resistência inicial.
Comentários