As projetos de engenharia e arquitetura levam em conta uma série de fatores em consideração que a maioria das pessoas nem se dá conta. Um dos efeitos mais nocivos para revestimento e vedações de edificações que é desconhecido por muitos leigos é a dilatação térmica. Esse é o processo na qual os materiais se expandem quando aquecidos influi diretamente na construção civil, pois se não pensado na hora de edificar, pode causar uma série de danos em revestimentos e alvenarias.
Dilatação térmica na construção civil
Todo mundo já deve ter ouvido falar em dilatação, nas suas mais diversas formas. No entanto, para quem não sabe, dilatação, de uma maneira geral, é o nome que se dá ao aumento de volume de qualquer corpo, quando este ocorre devido ao aumento da temperatura do mesmo. Assim, a dilatação tanto pode ocorrer em gases, como em líquidos e também em sólidos.
Tanto os tijolos como outras estruturas mais complexas, quando expostos a altas temperaturas podem, sim, sofrer a dilatação – levando à rachaduras, quebras e danos até maiores para a construção. Por isso mesmo é essencial um projeto que leve em consideração esse fator. Só assim o morador poderá ficar tranquilo sem ter que se preocupar com os gastos que terá na reparação do seu imóvel.
Basta pensar que em partes da edificação como a cobertura, a temperatura pode passar dos 40 graus quando o sol está a pino, e baixar para cerca de 20 graus a noite. Isso significa uma mudança de 20 graus em menos de 12 horas, e o resultado costuma ser fissuras e rachaduras devido a dilatação de estruturas.
Danos causados
O principal e mais comum dano que a dilatação térmica pode causar na construção civil é o aparecimento de rachaduras e trincas que, muitas das vezes, podem colocar em risco a edificação.
Isso acontece porque uma estrutura ao se dilatar, ao “inchar”, cria uma zona de concentração de esforço, assim, para aliviar essa concentração aparecem as trincas e rachaduras na estrutura em questão.
Como prevenir
As juntas de dilatação são espaços deixados entre os objetos e/ou estruturas para que quando ocorra a variação de temperatura e, consequentemente, a dilatação, a edificação permaneça sem danos.
As juntas de dilatação são necessárias tanto em elementos estruturais, como vigas, pilares e lajes de concreto armado, evitando assim que esses sejam danificados por trincas que enfraqueçam o aço em seu interior, quanto nos revestimentos. É o caso de casas e sobrados de mais de um pavimento em que seu faz um friso no reboco entre os pavimentos, para evitar que a dilatação excessiva de uma grande superfície rebocada provoque o aparecimento de trincas em sua superfície.
Outro exemplo bem simples são os pisos, os comuns mesmo que estão aí na sua casa. Eles são colocados lado a lado, porém com um pequeno espaço entre eles – que é depois preenchido com o material próprio para se adequar à possível dilatação.
Pois é gente, a dilatação térmica, como vimos, está muito presente na construção civil. Por isso é de extrema importância que o engenheiro ou arquiteto responsável pela obra tenha em conta esse fator antes da edificação.
Comentários